28 de janeiro de 2012

ROSA TAMBÉM TEM SEDE!

Trago uma Rosa em mim. 
Na verdade essa Rosa é o simbolismo que resume a minha essência, ela faz um paralelo com minha identidade.
Trago-a em minhas mãos porque necessito olhá-la de vez em quando pra me lembrar de quem sou e de onde vim.
Sou uma Rosa entre tantas, mas sou uma Rosa aos meus cuidados. 
Sou uma criação da Vida e vim do jardim de um Jardineiro que pessoalmente me plantou.
Saber disso ajuda-me a me posicionar diante da Vida e do Caminho!
Em alguns momentos preciso me encarar bem de frente.
Para isso é necessário se distanciar um pouco de mim mesma, porque olhar muito de perto não me permite ver de todos os ângulos.
Preciso me ver da direita para esquerda, da esquerda para direita, de dentro para fora, de fora para dentro, de cima para baixo, de baixo para cima e por fim fechar com um olhar de amplitude que alcance o todo.
Se eu consigo isso? Nem sempre...
Como eu consigo isso? 
Com a ajuda da escrita, que jorra dentro de mim o que não consigo por vezes falar ou nomear;
Com a ajuda de um espelho, onde eu observo atitudes de pessoas que parecem comigo e me analiso; 
Com a ajuda do olhar de pessoas próximas, como elas me vêem, como elas me percebem; 
Com a ajuda de pessoas que não gostam de mim e que tem aquele olhar pronto para evidenciar o meu pior; 
Com o olhar de Deus, que sonda dentro de mim o que ninguém mais vê! 
Eu planto uma Rosa nos pés.
É a hora de verificar o que faço, por onde ando, com quem ando e como ando.
É tão complicado andar com uma Rosa nos pés!
Embora eu precise andar não posso esquecer que tenho raízes. Tenho uma história. Tenho um berço, mesmo que hoje minha estrada seja outra eu preciso achar uma forma de fazê-las se encontrar.
Nos meus pés eu percebo a Rosa crescer, ela vem de baixo crescendo em direção aos meus olhos. 
O crescimento é inegável, mesmo nos períodos de poda.
Nos meus pés eu vejo as estações mudarem: vejo folhas, vejo floração, vejo os botões se abrindo.
As vezes tenho medo de que eu mesma me pise, e olha que isso acontece de verdade. 
Fico com as pétalas amassadas, algumas caem e se perdem, aí eu tento olhar para os lados procurando quem fez isso, procuro o Jardineiro pra jogar na cara dEle que Ele não cuidou de mim direito.
Mas não dá! 
Fui eu, que tirando a atenção de mim, me pisei, me desfolhei, me despetalei e pior: pisei nos meus próprios espinhos, como dizem "tomei do meu próprio veneno".
Tenho uma Rosa guardada no meu coração.
Essa não é minha.
Vem sendo plantada, semeada, cuidada, afagada com muito cuidada pra viver o Amor que precisa ser vivido.
Não cuido dela sozinha.
Tive a ajuda de várias pessoas que a vida me privilegiou de encontrar.
E principalmente tenho diariamente a mentoria do Amor em pessoa que me ajuda a vivê-la.
Sim, porque essa Rosa do coração não é para ser analisada, observada, entendida.
Essa Rosa é só para Amar e ser Amada!
Por isso não é minha. Eu não posso vivê-la sozinha!
POR ISSO TENHO SEDE!
E A MINHA SEDE DE ONTEM NÃO VALE PARA HOJE.
TENHO SEDE DE AMOR!
TENHO SEDE DE JUSTIÇA!
TENHO SEDE DE DIGNIDADE!
TENHO SEDE DEUS!
   

ROSA LIRA....DESCULPEM....ROSE LIRA.

21 de janeiro de 2012

SONHO E REALIDADE!

Se eu pudesse escolher, me vestiria como uma indiana, ou uma chinesa, ou ainda me vestiria com roupas e adereços que expressasse quem sou, ou como estou.
Como não posso, fantasiarei escrevendo.
Hoje me vestirei através das imagens que um sonho me inspirou. 
Sonhei que estava vestida de simbolismos. 
Na testa uma pedra que simbolizava meu foco, meu objetivo, meu pensamento.
Um pensamento central que gera pequenos pensamentos no seu entorno que circundam a minha mente formando um todo de ações que descem pela vida como um véu de mistérios e deslumbramentos.
Minha vida é assim, um desdobramento de objetivos aparentemente soltos e frustrados, mas todos eles, sem exceção, são parte de um adereço que destaca quem sou hoje e me tornarei amanhã!
Sonhei que trazia em meu nariz uma argola que vinha de meu brinco.
Da minha escuta atenciosa de situações e fatos, de minha escuta reverente de minhas orações e contemplações, de minha escuta inquieta de realidades não compreendidas, nasce minha dignidade.
Sim, uma argola no nariz remete a dignidade de ter Alguém que me conduz ao melhor que a terra tem a dar.
Significa que tenho Alguém por mim.
Que apesar de aparentes abandonos, uma voz me chama de Minha!
   Não sonhei, é real!
Tenho  uma história desenhada em mim.
Ela vem de minha alma e desce pelos meus braços porque é dela que brota o que realizo.
Essa história culmina em minhas mãos porque é dela que partilho o que possuo.
Um desenho que ainda está sendo feito, uma tatuagem inacabada, formada por um Artesão que não se cansa de tatuar.
Não imagino como vai ficar, mas apesar das dores do processo, posso me alegrar com o formato informe que vejo!
Sonhei que tinha pulseiras.
Dourada, prata, verde e com brilhantes.
Adornos que tornavam o comum, o ordinário, o cotidiano em algo de uma beleza inexprimível.
Sim, porque a beleza do comum é feita de detalhes, de pequenas atitudes, de pinceladas de sorrisos.
A felicidade é um papel em busca de carbono ou uma gaiola em busca de uma nuvem!
Mas a vida é uma mão desenhada de entrega e um braço adornado de elos.
  Agora estou rindo!
Rindo porque acordei de um sonho bom.
Rindo porque acordando posso ver o que precisa ser visto.
Não tenho roupas indianas, não tenho véus, colares, pulseiras, adornos e tatuagens.
Sou apenas eu.
Mas sou eu e Ele, e Ele é Aquele que me deu o sonho.
Ele é a voz que se materializa em vida e caminha comigo no dia-a-dia.
Então tenho que rir porque acordei para sonhar!
 
E SONHANDO EU SORRIO PARA VIVER!

ROSE LIRA.

17 de janeiro de 2012

FECHA A BOCA E ABRE O OLHO!

Quando situações não nos deixam ser quem somos é como uma nuvem pairando sobre a nossa face e deixando uma luz como uma meia lua da vida!
Nessa meia lua eu falo...eu grito...eu sinalizo...eu sou, eu existo!
Por que trazer nuvens sobre mim? 
Por que trazer sombras sobre nós?
Quando tem sombra proporcionadas por nuvens...vem chuvas...chuva de primavera!
Dá vontade de bordar paetês onde a porção de luz consegue iluminar.
Brilha, brilha, brilha, para que um pouco do raio de luz do desespero possa te iluminar.
É no abrir do meu coração que as sombras se vão!
É no abrir do meu coração que as chuvas virão!
E a Rosa teimosamente brotará no jardim como que dizendo: nem sequidão, nem solo pedregoso, nem verão, me impedirão de viver!
Então a cor mudará a medida que a Rosa brotar!
Carmesim é sua cor de verdade, deixará as cores ensombreadas e firmará a cor da luminosidade.
Quero isso!
E de tanto querer eu me pinto de vermelho!
Sangra, sangra!
Quero isso!
Sangrar limpa, expurga, prepara, renova!
Depois que sangra, dança!
As luzes artificiais ainda surgem para festejar a euforia.
Mas não sou eu.
É a minha proteção, as pedrarias do meu bordado por cima dos remendos do coração.
Que bom!
Que seguro!
Que inferno!
Agora sou eu de verdade!
Passei pelas sombras.
Passei pela verdade teimosa, sem luz generosa.
Passei pela dor que sangra, sem remédio que estanca.
Passando pelas pedrarias protetoras, sem cola que as segure.
Passo e passarei pela autenticidade, que permite ser enquanto será!
Não entendeste?????
Isso é fé!
Isso é amor!
 FECHA A BOCA E ABRE O OLHO!

ROSE LIRA

7 de janeiro de 2012

UMA HISTÓRIA OU UM CONTO?

Quantas vezes já disse: Não quero ver!
Disse isso quando gerava uma filha com alto risco de má formação;
Disse isso quando vinha em mim uma sensação de ser traída, não só por afetos, mas também por amig@s;
Disse isso quando me vi diante de situações místicas que me trazem temor!
Por que não querer ver? 
Porque eram situações que exigiriam posturas e decisões difíceis e conflitantes a serem tomadas por mim.
Pelo menos se eu não soubesse, a história não existiria, só o conto existiria!
 Mas a vida é construída por histórias e não por contos.
E eu via. 
Via pelas aberturas que a vida proporcionava e proporciona. 
Via pelos rastros que a caminhada deixa na estrada. 
Via pelos "olhos" de quem vê o que os nossos olhos não podem enxergar.
E esse vê pra mim me espremia na encruzilhada da decisão. 
Me entregava de presente uma realidade bem diferente da tão sonhada "vida" que eu tinha idealizado.
As decisões foram e são tomadas sempre. 
Ainda não sei se algumas vezes decidi pela minha história ou pelo conto. 
Mas uma coisa é certa: EU DECIDI!
Pelo menos se eu decidi, a história continuará e o conto se distanciará!
Quando os olhos são abertos eles sempre piscam como ofuscados pela luz. 
É o momento em que a decisão tomada vacila. 
Mas nesse piscar a visão sempre vence. 
Ela treme, pestaneja, lacrimeja, mas se abre para frente. 
O globo procura sua adaptação se contraindo para perceber a realidade que a decisão nos trouxe.
Por mais distante que esteja do conto, é a nossa história que se apresenta diante de nós. 
E com ela um caminho novo que se apresenta, um caminho de mistérios, de desconfiança, de realidade que eu preciso ver.
Se o caminho que está adiante é fácil?...Nem sempre!
Se a paisagem que vejo eu gosto?....Nem sempre!
Se o novo capítulo da história que se abre é convidativo?...Nem sempre!
Pelo menos uma coisa é certa: Não quero olhar para trás!
PORQUE NÃO VIVO UM CONTO! 

ROSE LIRA

3 de janeiro de 2012

CAMINHADA!

As vezes ao andar sentimos algo enrolado nos nossos passos. 
São situações, no mínimo confortáveis,em que insistimos nelas mesmo sabendo que lá na frente os fios do comodismo, que não dá espaço pra mudanças, nos enrolam em um novelo de tempo perdido. 
Ganhamos experiência enquanto perdemos tempo!
No máximo o que podemos fazer com esse novelo é um belo laço de fita. 
Enfeitamos nosso andar e dizemos "o que não me mata, me fortalece", ou ainda, "aprendemos com nossos erros", mas no íntimo, eu pessoalmente, acho esse laço de uma extravagância enorme (rsrsrsrrsrs), se a mim fosse dado o poder de voltar atrás faria um "pequeno lacinho". 
Perdi bom senso enquanto ganhei auto-crítica! 
Estou nesse momento tentando arrumar o tamanho desse "laçarote" que eu mesma fiz. 
Estou diminuindo as consequências em mim mesma, e estou fazendo do contraste entre o erro e a vontade de acertar um belo conjunto de cores. 
Enfeitando com tachinhas de aço pra sinalizar de longe onde não devo mais me "enlaçar". 
Perdi harmonia e ganhei inovação!
Vou ter asas nos pés. Sim! Vou voar enquanto caminho. 
Não posso determinar meu amanhã, por isso eu ando. 
Mas posso crer em um futuro revelado e acolher uma esperança desejada. 
Voarei pra frente, andarei pra cima. 
Perdi alguns passos, ganharei milhas!
Meu apoio é no Amor revelado. 
NEle firmo meus passos. 
Subo nos afetos invisíveis, nos carinhos desenhados. 
Não há no meu caminho ainda uma consistência concreta, mas há um vazio formato de chegada. 
Perdi o alvo, ganhei uma caminhada!
CAMINHO DE PAZ SE FAZ. 
CAMINHO DE PAZ NOS TRAZ. 
CAMINHOS DE PAZ QUER MAIS.

ROSE LIRA

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