27 de janeiro de 2014

CRISE - ACABOU A CRASE

Cubro o rosto para a maquiagem da ética,
Viro o rosto para a vitrine da estética.
Visto luto para o nascimento da moral patética,
e cruzo os braços para a morte da inteligência filosófica...
Amorfa!
Saio da rima poética e entro na prosa livre e esvoaçante. 
Porque tem certas questões que não dá pra rimar. 
Precisamos pensar, analisar, refletir e perceber que as horas nos relógios sejam de sol, de corda, a bateria, de pêndulos, ou digitais, estão sempre a rodar e exibir os mesmos cenários.
O cachorro brinca tentando morder sua própria calda. Sua calda, minha calda. Nossa calda.
O véu que separa a terra do céu é o que une o horizonte!
O motivo que une é o mesmo que separa, porém se teu olhar for vívido, verás que a unidade sempre trás a cicatriz dos lados opostos. Faz então da tua cicatriz um caminho. 
E deixa que o povo viva enquanto tu mesmo vives. 
Pois nenhuma vida que realmente seja viva, é antagônica a outra.
Que pena...acabou a crase...findou as fusões...ficaram as indignações!!!!
Hoje as palavras são poucas, porque são intensas.
São breves, porque são fortes.
São pesadas, porque são líquidas.
São temperadas porque são vivas.
Hoje as palavras deviam ser ações.
Deviam ser atitudes regadas pela consciência.
Deviam ser verdades nascidas de um basta a lei da indiferença.
NÃO SEI COLOCAR EM PALAVRAS A VIOLÊNCIA DO DESCASO.
NÃO SEI ESCREVER SOBRE A MEIGUICE DOS ADJETIVOS VAZIOS.
NÃO SOU ROSA A VESTIR NUVENS DE COGUMELOS.
NÃO SEI BRINCAR COM MEUS ANELOS!

ROSE LIRA 


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