16 de setembro de 2012

NOVAMENTE AZUL!

Hoje eu quero escrever azul,
Azul era a janela da casa de fazenda da família,
Uma casa cheia de azul,
Azul numa lembrança feito um vidrinho.
.como diz Gal Costa:
"Um cheiro de azul, Essa cor não sai de mim...O amor é azulzinho"
Vidros vazios são tristes,
São ocos, loucos, poucos.
São cheios de coisas perdidas,
desencontradas, desamadas, inanimadas.
Para encher um vidro é preciso acreditar.
Amar, desarmar, mergulhar.
Vidros cheios de pretensão,
inclinação, "tesão", intenção.
Para encher um vidro é preciso alimentar.
Apreciar, admirar, cuidar.
Vidros cheios de observação,
atenção, afeição, coração.
Para encher um vidro é necessário saber parar,
limitar, aparar, separar.
Vidros cheios de respeito,
com jeito, direito, sujeito.
Quando o vidro encher,
é preciso saber colher.
Vidros cheios de sementes iluminadas,
para serem regadas, espalhadas, dispersadas.
Hoje eu escrevi saudades,
saudades dentro de vidrinhos.
Saudade do que eu já tive,
do que nunca tive,
do que não vivi,
e do que ainda vive.
VOU INDO VESTIDA DE AZUL,
COM SAUDADES DE VOCÊ,
DO MEU PAI, DA MINHA MÃE,
DO MEU IRMÃO, DA MINHA IRMÃ,
DO MEU Amigo!
DO MEU AMOR, DA MINHA DOR, DO TEU FAVOR!

ROSE LIRA.

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