30 de janeiro de 2013

CORAÇÃO DESNUDO!

Vou falar de desnudar o coração...é isso aí!
Estás com medo?...de ouvir?...de descobrir?...de perceberes?
Tenhas medo não...Seu coração é a melhor coisa que se tem pra contemplar!
Veja-o...enfrente-o...confronte-o...desvele-o...desanuvie o que anuviado está.
Progressivamente...'devagarmente'...insistentemente...claramente...amorosamente!
Que tal começar abrindo os olhos!
Abro agora bem devagar...aperto o olhar pra ver pra dentro, no profundo do meu coração.
Veja que dentro de mim há o mesmo anseio que existe em você.
Olho!
Que o medo é igual, que a fome é a mesma, que os abismos são tantos quantos.
Que os argumentos assertivos que eu uso são exatamente os que me faltam.
E os mesmos que faltam em você.
"ÒÒÒ Deus como sou infeliz".....como diz a música de Lupicinio Rodrigues.
Tirar os sapatos é fácil...mas as vezes ainda insisto em deixar as meias...cuidado!!!...elas podem me fazer escorregar no assoalho de minha arrogância!
Coração...meu coração...você está em minhas mãos...e meus pés estão no chão..será que não?
Retire os sapatos coração...pise com os pés desnudos e verás as texturas variadas, os desnivelamentos do chão onde pisas...e sentirás como tudo é incerto, decerto!
Mas coração, sabe que você pode me cobrir?
Me vestir...me adornar...sem perigos...sem pudores...com amores!
Se eu te abraçar coração, tu ficarás bem perto e sentirei apertos, desfalecerei de amor e de sufocos, mas acredito que embora não tenha dito, tu me colorirás em meio a mesmice da Vida!
Ó amor encarnado...Encarnado...desalmado!
Amado!
 Aqui eu me resguardo e me entrego.
Deixo a você, meu coração, a mim mesma, inteira e certeira.
Faça comigo como um parapeito de janela.
Escore, debruce-se, amplie seu olhar, se entregue, mas não ultrapasse, porque janelas não são portas, são apenas espaços!
Me tome por inteira nessa soleira!
E veja só o meu coração, Meu Coração!
Meu Coração está tatuado em cima do meu coração.
Marcado. Firmado. Desejado.
Despido!
Unido. Amigo. Amado!
Suado...Pregado!
Coração sem coração!
Não conta nada não...Sou Rosa no teu Coração!

Rose Lira.




9 de janeiro de 2013

MINHA ALMA TEM SEDE!

Uma alma imersa num misto de tristeza e alegria,
Não sei se sou grata
Ou me encho de pieguice barata!
Me deito no meu desalento,
Misturo-me em meus mais antigos tormentos,
E me pergunto como eu aguento.
Uma vontade de não existir, 
Porque de morrer já não tenho vontade, 
Pois para isso é muito tarde!
Fecho meus olhos numa busca desenfreada de ver o que não vejo
...e isso me dá medo!
Essas asas me perseguem, 
Nunca sonhei com elas, 
Para que em mim elas se apeguem.
Creio que elas me encantam, 
Com elas queria voar para perto do amor,
que dor!
Mas perceber que as não tenho,
me enche de inveja,
dos pássaros,
da libélula,
dos anjos celestes,
ou decaídos.
Eles voam...
E eu?
Eu apenas vejo
O passaredo!
Mas mesmo não tendo asas,
Tenho como voar para perto de ti,
Porque em mim tu moras.
E é em mim que te encontro,
e isso eu conto....e não é um conto!
Como saio pelas noites,
dos meus voos pelas tardes,
onde desperto ao raiar do sol.
Rasgo o céu mais rápido que um rouxinol.
Minha alma simbiótica,
na tua a mergulhar,
Isso só entende, 
Quem sabe amar.
Por isso a tua dor, me dói.
O teu chamar me corrói,
Porque o teu sentir é meu,
E a minha impotência é tua,
E aí quando percebo estou vagando na rua!
Com a alma nua,
Com minha alma na tua!
Se eu conseguisse traduzir meus sentimentos,
Se eu conseguisse falar dos meus ais,
Entenderias o porque de gemidos,
As vezes descabidos,
As vezes gritos incompreendidos.
Se feridas fossem bocas,
E cicatrizes fossem imagens.
A VOZ não sairia tosca,
E as IMAGENS não seriam poucas.
Mas a fala dos sentidos,
São de pobre tradução,
Porque nela toda PALAVRA se torna em vão!
Me escuta!
Me ouve!
Apenas com teu coração.
Com as mãos tapa os ouvidos,
E depois as estendem como a fazer uma boa ação!
Tua mão é uma fonte para mim,
Mata minha sede,
Embala-me numa rede,
Ergue-a até minha boca,
Que de te chamar já estou rouca.
Molha-me os lábios,
refresca-me com o teu orvalho,
deixa-me regar-me em tuas lágrimas,
e uma Rosa brotará pra te alegrar.
Te encherá de perfume,
E no teu orvalho ela orvalhará!
Vem para o teu regaço,
Pois é em mim o teu descanso,
Em meu peito o teu remanso.
Em meu colo o teu embalo,
Como Rosa eu te afago,
E como Rose eu te abalo!

ROSE LIRA.


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