25 de agosto de 2013

LAÇO DE AFETO!

 Acho lindo a arte de tricotar, mas sou inapta. 
Tentei isso por volta dos meus 18 anos...quase ontem, rsrsrs...isso porque tem um lado de minha personalidade que não saiu dos 20...OMG (Ô My God!).
Na verdade é muito pontinho pequenininho, e apesar de ser detalhista não me sinto bem em tarefas recheadas de atribuições minuciosamente trabalhadas...
por isso escrevo sem rascunhos antecipados...
porque gosto de objetividade junto com a subjetividade...
pronto, começou os paradoxos de minhas junções e ligamentos...
ou seja, acho lindo o tricotar nas mãos de terceiros, 
gosto dele para me adornar, 
sou eu mesma como uma rede tricotada e não tri-cortada ou tri-partida! 
Sou uma peça inacabada de um tricô feito por inúmeras mãos!  
 Mas estou falando disso porque sou louca por laços!
Laços de gente!
Bem quente!
Antes já falei dele...do lindo laçarote do amor!
Na verdade a gente nasce enlaçado, num cordão alimentar que as vezes insiste em nos subjugar.
Mas desde bebê os lacinhos nos acompanham, nos enfeitam, nos trazem segurança e insegurança, certezas e incertezas, belezas e tristezas...
que belo nascimento de laço de cetim, 
que desliza entre suas próprias pernas e desfaz o que foi feito 
apenas para iniciar, despertar!
 Por achar o laço de cetim fácil demais de desatar, foi que em outro momento falei de laços de tricô.
Pensei que fazendo um lacinho com pontos mais apertadinhos e devagarinho, 
ele não se desfaria tão desastradamente. 
E fiquei até feliz por ver que lacinhos de tricô nem perninhas tinham, 
eles vinham bem costuradinhos. 
E como ficam lindos cada um em sua cor, 
em seu conjunto sequêncial eles ficam sem igual, 
desigualmente sincrônicos e harmônicos. 
Que lindo conjunto de lacinhos formados um a um em tempos de rebordados, 
enfeitados e ensaiados. 
Que babado! 
 Tem laços que fazemos para tempos especiais.
Frio, arrepio, desvarios!
Nos vestimos deles para ocasiões específicas.
Benditas, Malditas...
Laços descartáveis
Não amáveis, desagradáveis, mas ensináveis!
 Mas as alternativas são inúmeras sobre que tipo de laços podemos optar por formar.
Pequenos laços delicados, um em cada tempo.
Cada um com seu brilho,
Que pode ir para seu anelar(dedo), e aí estacionar.
Ou para o seu anelar (querer, vontade de estar com, desejo), 
e aí continuar a cada dia
o seu respiro,
o seu brilho!
 O lacinho pode ser dentro de um coração
com toda emoção, comoção, amorrzão...
tanto ÃO, para um pequeno INHO, 
NINHO!
De um ninho saem grandes laços,
um ninho de palhas embaraçadas pode gerar vôos repletos de beleza.
De um ninho de gravetos podem sair filhotes lindos!!!
De um ninho tão pequenino, pode sair a vida amorosa,
uma joia rara, 
com a minha e a sua cara!
Mas esse laço pode estar gravado em minha pele,
em sua pele!!!
Como diz Chico:
"Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também pra me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava..."
Grande Chico!!!! A coisa mais linda que acho em uma tatoo, é sua contraditória estação!
Numa geração de cultura descartável,
A tatoo é absorvida como um grito ao perene.
Ela é uma sirene!
Então eu fico aqui,
pensando cá com 'meus cabelos'
que pra isso tudo ser lindo e belo como anelo,
que o laço bem dado,
comece em mim.
Nas minhas madeixas,
com a reverente humildade do pudim para com a ameixa.
Seja eu!
Seja eu...
...o laço que quero viver,
viver até re-viver,
porque onde a vida é plena,
a morte não encontra espaço.
porque ela nada mais é que o ensaio da eternidade,
nada mais é que o desconhecido da maturidade!  
ENTÃO SÓ ASSIM,
POSSO QUEM SABE...
VER UM LINDO BORDADO!
UM BORDADO ADORNADO EM MINHA PREFERIDA COR.
UM LAÇO DE AFETO!
UM FETO QUE NASCEU,
E POR ISSO RENASCEU,
EM TEMPO OPORTUNO.
UM LAÇO UNO!

ROSE LIRA

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