9 de janeiro de 2013

MINHA ALMA TEM SEDE!

Uma alma imersa num misto de tristeza e alegria,
Não sei se sou grata
Ou me encho de pieguice barata!
Me deito no meu desalento,
Misturo-me em meus mais antigos tormentos,
E me pergunto como eu aguento.
Uma vontade de não existir, 
Porque de morrer já não tenho vontade, 
Pois para isso é muito tarde!
Fecho meus olhos numa busca desenfreada de ver o que não vejo
...e isso me dá medo!
Essas asas me perseguem, 
Nunca sonhei com elas, 
Para que em mim elas se apeguem.
Creio que elas me encantam, 
Com elas queria voar para perto do amor,
que dor!
Mas perceber que as não tenho,
me enche de inveja,
dos pássaros,
da libélula,
dos anjos celestes,
ou decaídos.
Eles voam...
E eu?
Eu apenas vejo
O passaredo!
Mas mesmo não tendo asas,
Tenho como voar para perto de ti,
Porque em mim tu moras.
E é em mim que te encontro,
e isso eu conto....e não é um conto!
Como saio pelas noites,
dos meus voos pelas tardes,
onde desperto ao raiar do sol.
Rasgo o céu mais rápido que um rouxinol.
Minha alma simbiótica,
na tua a mergulhar,
Isso só entende, 
Quem sabe amar.
Por isso a tua dor, me dói.
O teu chamar me corrói,
Porque o teu sentir é meu,
E a minha impotência é tua,
E aí quando percebo estou vagando na rua!
Com a alma nua,
Com minha alma na tua!
Se eu conseguisse traduzir meus sentimentos,
Se eu conseguisse falar dos meus ais,
Entenderias o porque de gemidos,
As vezes descabidos,
As vezes gritos incompreendidos.
Se feridas fossem bocas,
E cicatrizes fossem imagens.
A VOZ não sairia tosca,
E as IMAGENS não seriam poucas.
Mas a fala dos sentidos,
São de pobre tradução,
Porque nela toda PALAVRA se torna em vão!
Me escuta!
Me ouve!
Apenas com teu coração.
Com as mãos tapa os ouvidos,
E depois as estendem como a fazer uma boa ação!
Tua mão é uma fonte para mim,
Mata minha sede,
Embala-me numa rede,
Ergue-a até minha boca,
Que de te chamar já estou rouca.
Molha-me os lábios,
refresca-me com o teu orvalho,
deixa-me regar-me em tuas lágrimas,
e uma Rosa brotará pra te alegrar.
Te encherá de perfume,
E no teu orvalho ela orvalhará!
Vem para o teu regaço,
Pois é em mim o teu descanso,
Em meu peito o teu remanso.
Em meu colo o teu embalo,
Como Rosa eu te afago,
E como Rose eu te abalo!

ROSE LIRA.


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