Tô precisando tirar inspiração da pressão. Urgentemente preciso focalizar onde minha mente não quer estar. Os pensamentos que se rebelam e entram em meu ser dizem que eu me entregue a mim mesma. Os pensamentos, que por hora batem na porta que se encontra fechada, gritam sinalizando que precisam entrar.
Mas não posso. Minha inspiração vem da liberdade do meu coração, da minha sensibilidade, do meu senso de justiça, da coerência irracional dos meus afetos e da minha ebulição largada. Minha inspiração vem do fluxo e refluxo da minha alma que rumina minha vida. Tudo que faço, faço porque vivo e para vida. Como matar a vida em prol da vida?... Essa incoerência é antiga, vem de há aproximadamente 2000 anos.
Mato então minha inspiração libertária em prol da vida de minha inspiração escrava do amor? Mato minha inspiração inquieta e irreverente em prol da minha inspiração endereçada e intencional? Mato minha inspiração infantil em prol da minha maturidade inspirativa?
Puxa, quando comecei esse texto, realmente eu pensei em argumentar em prol de minha liberdade poética e vivencial. Mas a “pegadinha” foi tão grande, que concluo reverentemente me inclinando a minha liberdade comprometida e eternal.
Pois é, quem ganhou afinal???? Ninguém!
Apenas floresceu mais uma de minhas pétalas, e isso não é ganho, é apenas conseqüência natural do desabrochar!
ROSE LIRA
Lindo...Como tudo que vc faz!!!
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